Desta vez o último, prometo.
Vi muita coisa que tenho que comentar.
A começar por ontem: Olinda e seu mar de gente colorida.
Pareceu-me menos assustador do que eu esperava, mas mesmo assim não tão divertido. Os mesmos apertos, ruas novas a visitar (apertadas, como sempre), gente muito interessante pelas ruas, gente nada interessante pela rua... e aquela sensação de que carnaval é só pra ser curtido, nada de observar de novo, hein? hehe
A continuar por ontem: Antigão.
Depois de quase uma hora num engarrafamento que ia da Rua da Aurora até o Santa Isabel, dobrando até chegar ao Cais de Santa Rita, numa santa chuva que desabava e lavava instantaneamente a mazela do carnaval, assustadora chuva que nos fazia quase não descer do ônibus e voltar pra casa... veio a graça. A graça de descer do ônibus e abandonar pessoas perturbadas que repetiam incessantemente "Isso não é trovão, é a Globo tirando foto"; enfrentar a ponte do cais (da qual não recordo o nome) numa chuvinha rala que logo passou; e esperar no conforto da praça de alimentação do Marco Zero pelo show gracioso de Maria Rita.
Sim, se alguém ainda tinha dúvidas, ela não é mais a filha de Elis há tempos. Nome próprio, seu show tem cara nova e muita coisa interessante pra mostrar (entre elas, as belas pernas da "Ritinha"). Cheia de sensualidade e um vozeirão pra tremer todo o corpo, sua maturidade no palco não deixa vestígios do "essa menina tá querendo imitar a mãe...". Se estava, esperta foi ela de cair no gosto do povo pra depois fazer sua música com toda essa maestria.
Divertiu-se muito, se sentiu a Ivete Sangalo da MPB no carnaval pernambucano, se assustou com uma fã que só queria dançar ao lado dela (o que a fez perder uns pontinhos comigo), e me fez feliz pelo resto da noite. Tanto que não me lembro de nada muito interessante depois do show.
E hoje...
Não, não foi um final apoteótico. Vi um pouco do show do Eddy, no Pátio de São Pedro, um pouco fraco; corri pro Marco Zero e peguei o Show de Geraldo Azevedo quase na metade (um bom show, que poderia ter ido bem melhor); a Rua da moeda não estava muito legal, teve até arrastão (ões); e show de Alceu Valença.
O show de Alceu sempre é bom, mas é sempre o mesmo...
Tive um final de noite maravailhoso: peguei as últimas 6 ou 7 músicas do show do sempre acima da média Cordel do Fogo encantado. O encerramento foi arrepiante, fazendo valer qualquer dia de carnaval.
Mas estou em casa agora escrevendo isso, o que faz você perceber que não foi um carnaval pra prender até o final.
Ano passado foi insuperável. Além da companhia de grandes amigos, senti muita falta dos que não pude rever nesse carnaval, os shows em que estive foram sempre ótimos. Dos mais simples, na praça de Casa Amarela com a Santíssima Trindade Lenine-Lula Queiroga-Silvério Pessoa (com a boa surpresa de um tal Cacau Brasil, muito animado), até o mais Mais de todos: Lenine cantando com Milton Nascimento e o sol nascendo...
Apoteose foi o que tivemos ano passado. Esse ano, um bom final.
Mas pra mim, mesmo assim, sambódramo, bloquinhos nas cidades por aí, salvador e axé nenhum tira a grandiosidade e singularidade plural (multicultural) do carnaval de Recife/Olinda.
Agora é só esperar mais um ano pra voltar a tomar umas e outras e cair no passo.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
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